O Reino dos fungos já é bastante presente na alimentação, com os cogumelos dos tipos Portobello, Champignon, Shimeji, Shiitake e Trufas compondo diversos pratos consumidos ao redor do mundo.
No entanto, as novas tecnologias de fermentação de fungos prometem inovar o consumo de proteínas, oferecendo uma alternativa mais ambientalmente sustentável. Assim como as carnes cultivas e à base de plantas, as proteínas microbianas produzidas a partir de fungos têm se tornado uma vertente popular e recebido cada vez investimentos para Pesquisa & Desenvolvimento.
Como marco deste crescimento, recentemente diversas empresas de fermentação ao redor do mundo se juntaram para criar uma nova associação comercial internacional, a Fungi Protein Association (FPA). A FPA representará os interesses de suas empresas associadas, incluindo a defesa da proteína fúngica em políticas públicas e a realização de pesquisas com consumidores.
Entre estas empresas está a israelense Mush Foods, desenvolvedora de proteínas sustentáveis à base de fungos para a indústria de alimentos e bebeidas.
“Israel está na vanguarda, inovando em soluções de tecnologia alimentar para enfrentar os principais desafios globais, incluindo a crise climática, segurança alimentar e nutrição”, observou Shalom Daniel, cofundador e CEO da Mush Foods.
Uma recente pesquisa publicada pela revista Nature revela que o uso de proteína fúngica em carnes híbridas (uma mistura de carne de origem animal e vegetal) pode reduzir o impacto ambiental de produtos de carne real, já que substituir apenas 20% da carne bovina por proteína microbiana pode reduzir o desmatamento global em 50%.
“O mundo precisa de mais proteína, e a fermentação de fungos oferece uma maneira deliciosa e sustentável de fazer exatamente isso” – Marco Bertacca, CEO da Quorn Foods que também compoe o consórcio global.
Fonte da notícia: The Jerusalem Post, 2022